Roma, 2001.
Eliakim
estava de volta ao hotel. Seu companheiro, o professor americano John Dennyson,
não sabia se continuava ali ou voltava pra casa. A maioria dos professores
queria voltar. O corpo do pobre Mohamed estava nas mãos das autoridades
italianas, que, junto à embaixada americana, providenciava o traslado para a
América.
Mas
as preocupações de Eliakim eram outras. Por um lado, a misteriosa mensagem de
Mohamed. Por outro, o encantado encontro com aquela garota ... Sim, não
conseguia deixar de pensar nela. Por que? Ele nunca acreditou nessa história de
amor à primeira vista. Aquilo foi demais. Suas emoções ficaram descontroladas.
Parecia haver algum tipo de feitiçaria nos olhos dela. Feitiçaria? Que coisa
maluca!
Agora
ele tinha dois enigmas pela frente: a misteriosa mensagem e o porque de tanta
explosão emocional diante de uma garota desconhecida. Dois dias depois, os
outros professores voltaram para seus respectivos países, mas Eliakim resolveu
continuar em Roma. A misteriosa garota não saia de sua cabeça. O pior de tudo é
que não sabia nada dela. Nada, nenhum nome, nenhum endereço, nada.
Mas
a estava vendo freqüentemente. Em sonhos. Não parava mais de sonhar com ela.
Acordado ou não. Os dias que passou em Roma foram divididos em apenas duas
rotinas: durante o dia, andava pelos principais pontos turísticos, observando
não as milenares arquiteturas, mas as pessoas. Tinha esperança de vê-la
novamente. Queria desesperadamente vê-la.
À noite, ficava vasculhando a Internet, bisbilhotando os sites de
relacionamentos, procurando cidadãos romanos ou italianos... Mas, talvez ela
não fosse nem italiana. Quem sabe não fosse mais uma turista ou alguém fazendo
algum intercâmbio? Pois havia muitos grupos de intercâmbios por ali, naquela
época de ano. Era julho. Sim, era julho, o 7.º mês do ano. Isso poderia
significar alguma coisa. Não pra qualquer pessoa, mas pra ele sim.
Enquanto
pesquisava na Internet lembrou-se de algo. As misteriosas palavras encontradas
na biblioteca. Estava tão obcecado com a incrível garota que havia esquecido
algo que talvez fosse muito grave e terrível.
“Quando o 3º dia se
encontrar com o 7.º,
quando as 37 semanas se
completarem,
Iracema deverá morrer.”
Abriu
o Google e inseriu a expressão: “Quando o 3.º dia se encontrar com o 7.º,...”.
Não apareceu nenhuma página. Escreveu as expressões “3.º dia” e “7.º dia”.
Encontrou mais de 200 mil páginas. Nada a ver com nada. Resolveu colocar a
palavra Iracema junto com as expressões “3.º dia” e “7.º dia”. Nada!
O
que aquela palavra Iracema estaria fazendo ali? Seria alguma senhora? Será que
haveria alguma mulher chamada Iracema que estava ameaçada de morte? Não fazia
sentido nenhum. Mas devia ser algo sério, pois alguém morreu. Alguém foi
assassinado.
Eliakim
voltou a pensar na garota da Biblioteca. “Que encontro estranho, meu Deus!”
Subitamente,
a palavra “encontro” lhe sugeriu algo. Rapidamente digitou no Google: “ENCONTRO
DO 3.º COM O 7.º DIA”. Opa!
Apareceu
uma página em língua inglesa. Parecia um site cristão. Um tal
Dr. Frank Makanera. Lá dizia que ele era matemático e teólogo e vivia dando palestras sobre
profecias e matemática bíblica.
Eliakim
acessou o site rapidamente e se deparou com dezenas de artigos e estudos
envolvendo profecias bíblicas e principalmente números, matemática bíblica.
Havia
muitos textos sobre o livro do Apocalipse, o povo de Israel, os conflitos no
Oriente Médio. Mas a seção que mais chamou a atenção de Eliakim era a de
numerologia bíblica. O destaque maior era para o número 7.
“De
novo ele!” O coração de Eliakim gelou. Estava às voltas com um mistério e mais
uma vez, eis o perseguidor 7. Como ele gostaria de encontrar a solução desse
enigma. Gostaria tanto de saber o porque da paranóia do 7 em sua vida. Enquanto navegava pela seção de numerologia
bíblica se impressionava cada vez mais. Pelo pouco que leu por aí sabia que o
número 7 era bem freqüente na Bíblia, mas não imaginava o quanto.
Mas
Eliakim fez um novo esforço para se concentrar e tentou achar a expressão
“encontro do 3.º com o 7.º dia”. A pesquisa logo retornou um texto muito
curioso.
*******
UNIVERSIDADE GALILEU, PORTO
ALEGRE, BRASIL, 2008.
Uma
multidão logo se formou em torno das duas mulheres. Tentei me aproximar de
Leona. Eu não fazia ideia de nada. Mas Leona, diante dos olhares ameaçadores de
várias pessoas, tratou logo de explicar o que estava acontecendo.
- Um momento, gente! Um
momento! Deixem-me explicar. Professora Zilandra, a senhora está bem?
- O que você acha? –
Respondeu Zilandra irritada, ao mesmo tempo em que limpava as marcas da grama
sobre sua roupa.
- Por favor, me dê a
mensagem que a senhora acabou de receber.
Ainda
com a expressão de pouca amiga, Zilandra abriu a bolsa e entregou o papel para
Leona, que rapidamente tratou de explicar.
- Gente, a professora
Zilandra acabou de receber esta mensagem. Alguém colou nas costas dela. Diz o
seguinte:
“Ao
girar a chave, FHSDE!!!”
Não
liguei para a primeira parte da mensagem, e fiquei pensando nas cinco letras. O
que poderia significar FHSDE.
- Troquei cada letra por um
número, seu número de ordem no alfabeto – explicou Leona – ficando 6, 8, 19, 4
e 5. Durante alguns segundos fiquei repetindo os números: 6, 8, 19, 4 e 5... 6,
8, 19, 4 e 5... então repentinamente lembrei-me de 06 de agosto de 1945...
- Já sei! A bomba sobre
Hiroshima – Eu disse, chamando a atenção de todos.
- Isso mesmo – concordou
Leona – Assim, a mensagem fica sinistramente clara: Ao girar a chave, BOMBA!!!
Em milésimos de segundos lembrei-me de já ter visto centenas de vezes nos
cinemas...
- Carros explodindo quando
alguém ia entrar neles – completei a frase, um pouco orgulhosa de estar
sintonizada com os pensamentos de Leona.
- Mas o carro não explodiu
– informou alguém entre a multidão.
- Graças a Deus que não! –
Disse Zilandra, com furor no tom das palavras.
- Mas será verdade mesmo? –
Um estudante aproximou-se do carro.
- Tá doido?! Afaste-se
daí!!! – Gritou Zilandra – Vamos aguardar a policia.
Alguns
minutos depois o delegado e alguns policiais estavam ali. Isolaram o carro, e
um especialista deitou-se no chão, arrastando-se para baixo do carro. Logo
depois, enquanto todos estavam curiosos e ansiosos, ouvimos o agente especial
exclamar:
- Tem razão. Há uma bomba
aqui.
Mais
tarde, todas as conversas tinham apenas um tema: o fracassado atentado à bomba
contra a professora Zilandra. A coisa estava mais séria do que nós
imaginávamos. O inimigo estava jogando pesado. Aproximei-me de Leona, ainda
curiosa com seu talento para decifrar códigos.
- Você me surpreendeu hoje
– Disse.
- Com o quê? Sobre o enigma
terrorista? - Ela sorriu e me explicou – Tenho alguns amigos que adoram esse
tipo de coisa, ou seja, adoram estudar enigmas, códigos misteriosos, charadas,
etc. Aprendi tudo com eles.
- Eles vivem aqui?
- Não. Há alguns espalhados
pelo mundo, mas boa parte se originou de minha terra natal.
- Ah, Esqueci-me que você
está em Porto Alegre há pouco tempo.
*******
Roma, 2001.
Eliakim
estava tenso, enquanto lia um artigo intitulado “O ENCONTRO DO 3.º COM O 7.º
DIA”, no site do tal Dr. Makanera.
“A
Bíblia começa mostrando Deus criando o mundo em seis dias e descansando no
sétimo. Mas como é que Deus descansou no 7.º dia? Como o Todo-Poderoso se
cansou? Jesus disse certa vez: “Meu Pai trabalha até agora e Eu trabalho
também” (João 5.17). O 7.º dia é chamado na Bíblia de SÁBADO DO SENHOR (Êxodo
20.10) e é freqüentemente citado no Antigo Testamento. No Novo Testamento o dia
mais citado não é o Sábado, mas a 2.ª VINDA DE CRISTO, chamada pelos profetas
de “O DIA DO SENHOR”. Será que o Sábado tem alguma relação com o Retorno de
Cristo?”
“QUANDO DEUS
MEDE O TEMPO NA BÍBLIA GERALMENTE USA O PADRÃO 7 – É o sistema de maior
predominância na Bíblia – qualquer análise da Bíblia (por mais superficial que
seja) é capaz de notar essa “predominância incrível de setes”. Ao observarmos
os cuidados de Deus com o povo de Israel, notamos que:”
a) A cada 7.º dia, os judeus guardavam um dia de descanso (= O Sábado);
b)
A cada 7 anos, havia o ano sabático, quando a terra ficava de descanso. Nenhuma
semeadura, nem colheita ou poda de vinhedos. Deus prometia dar bastante no 6.º
ano, que sobrava para o 7.º, e todos descansavam durante um ano.
c)
A cada 49 anos (7 x 7), havia o ano do Jubileu, após o 7.º ano sabático. Isto
significava dois anos seguidos de descanso.
d)
7 semanas após a festa da Páscoa, havia a festa de Pentecostes (= ou festa das
semanas), e mais um descanso. A palavra “Pentecostes” significa
“QUINQUAGÉSIMO”, ou 50.º.
e)
O 7.º mês do Calendário Judaico é especialmente sagrado, tendo 3 festas, e
novamente um período de descanso.
f)
Deus estabeleceu exatamente 7 Festas para serem comemoradas anualmente por
Israel: 3 no primeiro mês (= Páscoa, Pães Asmos e Primícias); 3 no 7.º mês (= Trombetas,
Dia da Expiação e Tabernáculos) e uma no meio (= Pentecostes).
g)
As duas primeiras festas (= Páscoa junto com os Pães Asmos) duravam 7 dias e a
última (= dos Tabernáculos), também durava 7 dias.
h)
Nas duas primeiras festas eram sacrificados 14 cordeiros (7 + 7) diariamente;
no Pentecostes 7 cordeiros eram sacrificados; na 7.ª festa (= dos Tabernáculos),
eram sacrificados 98 cordeiros 7 + (7 x 7), 70 novilhos (10 x 7), 14 carneiros
(7 + 7) e 7 bodes. Observe que tudo segue o padrão 7. Ver Números, cap. 29.
i)
De todas as festas, a dos Tabernáculos mais se destacava, pelo fato de ser a
festa do descanso sabático. Observem bem: Essa festa era a 7.ª, durava 7 dias e
acontecia no 7.º mês.
“UM DIA NO
PONTO DE VISTA DE DEUS – É claro que Deus olha o tempo de uma forma totalmente
diferente da nossa. Há especialmente duas passagens bíblicas que revelam essa
perspectiva divina.”
a)
Salmo 90 – “Porque mil anos aos teus olhos são como o dia de ontem que passou,
e como uma vigília da noite”.
b)
II Pedro 3.8: “Amados, não ignoreis uma coisa: UM DIA PARA O SENHOR É COMO MIL
ANOS E MIL ANOS COMO UM DIA”.
“O que você
acha da expressão “7.º MILÊNIO DESDE ADÃO”? É uma surpresa para muitos quando
falamos em 7.º Milênio, visto que (aparentemente) ainda estamos no inicio do
Terceiro. Será mesmo?”
“De
acordo com a cronologia bíblica, desde os dias de Adão até o nascimento de
Jesus se passaram aproximadamente 4000 anos (= ou 4 dias na perspectiva
divina). De Jesus até agora, mais 2000 anos (= ou 2 dias). Isto quer dizer que
já se passaram 6.000 anos (6 dias) desde Adão, e o 7.º dia (= 7.º Milênio)
começou recentemente, ou seja, em 2001. O 3.º milênio desde Cristo é ao
mesmo tempo o 7.º desde Adão. Mas devemos encarar esses cálculos como
aproximados, pois há várias controvérsias envolvendo o nosso calendário. Não
existe nenhuma base bíblica ou matemática para calcularmos a data do Retorno de
Cristo. As datas exatas dos acontecimentos futuros são segredos do Senhor e Ele
não confia a ninguém.”
Naquele
momento Eliakim levou um choque. “O 3.º milênio desde Cristo é ao mesmo
tempo o 7.º desde Adão”. O encontro entre o 3.º e o 7.º dia significava
TERCEIRO MILÊNIO, o tempo atual. Embora a mensagem secreta deixada por Mohamed
ainda estivesse um pouco camuflada, Eliakim começava a ter esperança de
entender tudo aquilo.
O
texto era muito revelador e ele continuou a ler.
“Porém, as evidências
proféticas e numéricas indicam a época dos acontecimentos finais, e
não a data exata. Estamos dentro de 7.000 anos desde Adão, mas só Deus sabe
quando se encerrará definitivamente o tempo do homem. A razão para ficarmos com
a respiração suspensa diante do inicio deste 3.º (e 7.º) Milênio é que existem
outros fatores que falam uma linguagem ainda mais clara.”
“O
maior sinal de que chegamos aos tempos proféticos (= ou seja, ao FINAL DOS
TEMPOS) tem a ver com O RETORNO DOS JUDEUS À SUA ANTIGA PÁTRIA – Todas as
profecias indicam que o fim dos tempos começará quando o povo de Israel estiver
de volta à sua terra. São as profecias mais claras da Bíblia – tão claras que
nenhuma interpretação se faz necessária. Os fatos são que os judeus passaram
quase 2000 anos fora de sua terra, e agora, justamente agora, diante da chegada
do 7.º Milênio, ELES ESTÃO DE VOLTA. Na verdade, desde 1948, existe novamente
um país chamado ESTADO DE ISRAEL. Seriam somente coincidências?”
Eliakim
deu novamente uma pausa e ficou pensativo. Até aquele dia nunca tinha lido ou
ouvido nada parecido. Desde muito tempo não acreditava em Deus e muito menos na
Bíblia. Não via sentido neste Universo, mas os textos daquele Dr. Makanera
estava apresentando evidências que ele nunca antes havia considerado. Mas, e se
fossem apenas coincidências? Ele continuou a leitura.
“Em
Oséias 6.1-2, está escrito: “Vinde, e tornemos para o Senhor, porque ele
despedaçou e nos sarará; fez a ferida, e no-la atará. Depois de dois dias nos
ressuscitará: ao terceiro dia nos levantará, e viveremos diante dele.”
Esta
é uma oração profética do povo de Israel, relacionada à Dispersão e ao Retorno
dos judeus. “DEPOIS DE DOIS DIAS (= isto é, 2000 anos)”. Os fatos são:”
“A
Dispersão dos judeus começou no momento em que rejeitaram Cristo (anos 32-33 da
Era Cristã) e se consumou no ano 70 (com a invasão e destruição de Jerusalém).
Somente no ano de 1948, com a criação e Independência do novo Estado de Israel,
os judeus começaram a retornar para a sua terra, ou seja, após 1878 anos.”
“A
profecia diz: “DEPOIS DE DOIS DIAS”. Os profetas falam de duas ressurreições de
Israel: uma política e outra espiritual (Ezequiel 36 e 37). Primeiro, os judeus
retornam para sua terra, mas ainda incrédulos, sem acreditarem em Jesus como o
Messias; depois de um certo tempo de provas (chamado Grande Tribulação), eles
reconhecerão que Jesus é o Salvador e se converterão a Ele. Como eles já
passaram pela Ressurreição Política (em 1948), estamos diante da Ressurreição
Espiritual, pois os DOIS DIAS se passaram e começou O TERCEIRO DIA.”
“No
calendário humano, oficialmente, a partir de 2001, começou o 3.º Milênio. Se
este é o 7.º desde os tempos de Adão, a partir de 2001, o 3.º dia está andando
lado a lado com o 7.º e isto é fascinante.”
Eliakim
lembrou-se novamente da estranha mensagem:
“Quando o 3º dia se
encontrar com o 7.º,
quando as 37 semanas se
completarem,
Iracema deverá morrer.”
De
acordo com a teoria do Dr. Makanera, o 3.º dia, isto é, o 3.º Milênio, passou a
se cruzar com o 7.º desde Adão, no ano de 2001.
“Então
seja lá o que signifique ‘Iracema deverá morrer’ – raciocinou Eliakim – isto
deve acontecer neste ano, se é que ainda não aconteceu, pois já estamos além da
metade do ano.”
O
professor de matemática levantou-se, e andou de um lado para o outro da sala. Por
um momento pensou em deixar aquilo de lado e continuar com sua vida. Mas
lembrou-se novamente de Mohamed. Ele havia sido assassinado. E antes de morrer
indicou uma pista, o que levou a uma frase misteriosa que não fazia o menor
sentido. A não ser que se referisse a algo que fosse acontecer em 2001, “quando
o 3.º dia se encontra com o 7.º” de acordo com o Dr. Makanera.
Eliakim
gostaria muito de ouvir mais detalhes diretamente com o autor do site. Eliakim
sentou-se novamente diante do computador e procurou o endereço eletrônico do
Doutor. Mas antes de entrar na seção de contatos, sua curiosidade o levou a dar
uma olhada na agenda do conferencista.
Surpresa!!!
Naquela mesma semana adivinhe só onde o Dr. Makanera estaria palestrando? Em
Roma! Justamente em Roma.
“Puxa!
Parece proposital.” Eliakim teve a ligeira impressão de que Alguém acima das
nuvens estava brincando com ele.
Ele
anotou o endereço da palestra em Roma, desligou o computador e resolveu sair,
caminhar um pouco, relaxar a mente, espairecer.
Enquanto
caminhava por uma calçada, pensativamente, escutou o barulho de uma moto atrás
de si. Virou-se e viu o veículo avançando em sua direção. Ficou apavorado. Mas,
após breves segundos de hesitação, jogou-se contra uma parede próxima,
escapando por um triz do violento choque.
O
motoqueiro desapareceu na noite.
Agora
a coisa era séria mesmo. Ele também era o alvo. Certamente, achavam que ele
sabia de alguma coisa. E agora sua vida também estava correndo perigo. Ele
tinha que agir. De uma forma ou de outra.
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