quarta-feira, 15 de outubro de 2014

CAPÍTULO 13 - NENHUMA MENTIRA VEM DA VERDADE

UNIVERSIDADE GALILEU, PORTO ALEGRE, BRASIL, 2008.

- Permita-me citar um exemplo para provar o que estou pretendendo colocar na sua cabeça desde o inicio e você não está conseguindo entender – Falou Miranda.

- Fique à vontade – Disse Leona, sem conter um leve sorriso irônico.

- É uma história muito conhecida. A parábola dos seis homens cegos e o elefante. Certo dia, esses seis homens cegos toparam com um elefante. Cada um deu de encontro a uma parte diferente do animal, e, portanto, cada um chegou a uma conclusão diferente:

O primeiro, ao tocar na presa do animal, gritou: É uma lança!

O segundo segurou a tromba e disse: É uma grande serpente!

O terceiro tocou com as mãos nas duas pernas do bicho e gritou: Que nada. É Uma árvore!

O quarto segurou na cauda do animal e disse: Vocês são cegos? Isto é uma corda.

O quinto agarrou uma das orelhas do elefante e gritou: Ah, é apenas uma grande ventarola (objeto em forma de leque que se usa para abanar).

E, finalmente, o sexto cego, cujas mãos estavam passando sobre o corpo do animal, gritou: Que nada, seus cegos. Isto é apenas uma grande parede.


Esta parábola representa as várias religiões mundiais. Cada líder religioso afirma possuir a verdade exclusiva, cada um apresenta uma conclusão diferente para aquilo que está sentindo. Todos têm um ponto de vista diferente. Podemos dizer que os seis estavam errados?

- Muito bem, professor. Seis cegos – Leona sorriu e continuou - Na Bíblia, o homem sem Deus é simbolizado pelo número 6, pois foi criado no 6.º dia, e seis dias da semana sem o sábado mostra uma semana incompleta. Quando o homem (simbolizado pelo número 6) se une a Deus (simbolizado pelo número 1), torna-se um homem completo, valendo 7.

- Ah, meu Deus. Numerologia não! – Disse Miranda, balançando a cabeça.

- Não terminei ainda. A pergunta que eu faço para o senhor é: Se cada um dos seis cegos percebeu apenas uma parte do animal, como sabemos que era um elefante?

- Porque era um elefante, ora essa.

- Sim, mas como o senhor sabe?

- É apenas uma parábola, senhorita.

- Sim, mas alguém SABIA que era um elefante.

- Ta bom. É lógico que ali havia alguém, QUE NÃO ERA CEGO, que viu tudo de longe e sabia que os cegos estavam errados. E esse alguém contou a parábola.

- Muito bem, mestre. Quer dizer, que o SÉTIMO HOMEM tinha uma visão REAL da situação, hein? Então, é possível alguém ter uma visão verdadeira das coisas, o senhor não acha?

Miranda mordeu o lábio inferior, discretamente.

Leona voltou-se para a platéia.

- Senhoras e senhores, havia um animal, um elefante, e sete homens. Seis não souberam descrever o animal justamente por serem CEGOS. Mas um, que possuía visão perfeita, tinha certeza de que estava vendo um elefante. A conclusão é óbvia: SOMENTE OS CEGOS NÃO VÊEM A VERDADE. O senhor discorda, professor?

- Prossiga! – Miranda parecia estar dando uma ordem.

- Posso ler uns versículos para o nosso distinto público? – Ela apanhou uma pequena Bíblia e leu:

“Espalhar-vos-ei por entre as nações e, desembainhando a espada, vos perseguirei; a vossa terra será assolada, e as vossas cidades se tornarão em deserto.”

Isso está escrito no livro chamado Levítico, capítulo 26 e versículo 33.

Qual a interpretação verdadeira deste texto? “Vou ajuntar vocês e fazer uma festa?” Claro que não! Permitam-me ler outro texto, em Deuteronômio 28.64:

 “E o Senhor vos espalhará entre todos os povos desde uma extremidade da terra até a outra.”

Quem é o sujeito que comanda a ação aqui? O SENHOR. O que Ele vai fazer? ESPALHAR alguém entre as nações. Quem? O povo brasileiro? O povo egípcio? O povo babilônico?

O texto está falando de qual povo, professor?

- Os judeus, é claro. Quem mais seria?

- Isso não é somente a SUA interpretação não? – Perguntou Leona, sorrindo.

- Poupe-me de seus gracejos, senhorita. Conclua seu raciocínio.

- Bem, acabei de citar dois versículos bíblicos. E se estas palavras forem interpretadas como estão escritas, a que outra conclusão poderemos chegar? Se “espalhar” não significa espalhar, o que quer dizer então? O que está no texto é o que aconteceu três mil anos depois, ou seja, a DISPERSÃO do povo judeu.

- Digamos que os profetas jogaram várias alternativas para o futuro do seu povo e acertaram uma. Isso não prova nada. Duvido que eles tenham predito algo horrendo como o Holocausto...

- É só ler Deuteronômio 28, Ezequiel 37, etc., meu caro. Esses capítulos falam em corpos estirados ao sol, sem sepultamento, um vale cheio de ossos secos, etc. E o senhor acabou de me dar uma ajuda extra – ela virou-se para a platéia e pediu: – há poucos minutos o professor Miranda deu um adjetivo para o Holocausto. Que adjetivo foi esse?

- Horrendo! – Gritaram várias vozes.

- Isso mesmo, mestre. O senhor chamou o Holocausto de HORRENDO.

- E por acaso você discorda que tenha sido horrendo?

- É evidente que não. Foi horrendo mesmo e muito mais. Porém, o interessante da sua fala é que, quando prometeu que iria espalhar o Seu povo por entre as nações, devido a seus pecados, Deus disse o seguinte:

Ela tornou a abrir a Bíblia e leu Jeremias 24.9:

“Eu farei que sejam ESPETÁCULO HORRENDO, uma ofensa para todos os reinos da terra...”

- Algum espertinho deve ter acrescentado esse versículo depois dos acontecimentos.

- O Holocausto, por acaso, aconteceu há 3000 anos? Qualquer Bíblia publicada ANTES do período da Segunda Guerra Mundial contém esse versículo. E há mais. Veja o que Moisés escreveu em Deuteronômio 28.25-26, uma passagem escrita muitos séculos antes do tempo do profeta Jeremias.

 “...e serás ESPETÁCULO HORRENDO a todos os reinos da terra. os teus cadáveres servirão de pasto a todas as aves do céu, e aos animais da terra, e não haverá quem os enxote.”

         Essa descrição primitiva se encaixaria com o Holocausto dos judeus?
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A palestra do Dr. Makanera.
- Existem muitas coisas e acontecimentos ao redor do mundo destacando o número 7 – E ele citou muitos exemplos, já relatados nesta obra.

Depois de mostrar dezenas de fatos envolvendo o número 7 ao redor do mundo, o Dr. Makanera citou algumas coleções na Bíblia:

·        Quando Caim matou Abel, Deus disse-lhe que, quem o matasse, seria punido 7 vezes (Gênesis 4);
·        Um descendente de Caim, chamado Lameque, matou um homem e exclamou: “Aquele que matar Lameque será castigado 70 x 7!”;
·        Deus fez 7 promessas para Abraão (Gn 12.1-3) ;
·        Havia 7 peças de roupa no Sumo Sacerdote (Ex 28.4,42);
·        Haviam 7 objetos que eram ungidos com óleo santo;
·        Eles eram ungidos 7 vezes;
·        7 vezes era feita a unção de azeite no altar (Lv 8.10,11);
·        No 7.º mês era feito um sacrifício expiatório por todo o povo (Lv 16.29);
·        7 vezes no dia Davi louvava a Deus pela sua justiça (Sl 119.164);
·        No tempo do profeta Elias, 7 mil permaneceram fiéis a Deus, quando a nação de Israel caiu na idolatria (I Rs 19.18);
·        7 pessoas na Bíblia foram chamadas por Deus, com a repetição dos seus nomes: Abraão (Gn 22.11), Jacó (Gn 46.2), Moisés (Ex 3.4), Samuel (I Sm 3.10), Marta (Lc 10.41), Simão Pedro (Lc 22.31), e Saulo (At 9.4);
·        No pacto entre Abraão e o rei Abimeleque, foram separados 7 cordeiros (Gn 21.27-31);
·        Jacó trabalhou 7 anos por Raquel e depois mais 7 anos (Gn 29.20);
·        Um Faraó do Egito sonhou com 7 vacas magras comendo 7 vacas gordas, e 7 espigas mirradas comendo 7 espigas cheias; José interpretou o sonho dizendo que haveria de vir sobre o Egito 7 anos de fartura, seguidos de 7 anos de fome (Gn 41);
·        José chorou a morte do seu pai por 7 dias (Gn 50.10).
·        O candelabro do tabernáculo tinha 7 braços, com 7 lâmpadas (Ex 25.31-40).
·        Sansão tinha 7 tranças (Jz 16.7,13).
·        Salomão levou 7 anos para construir o Templo de Deus (I Rs 6.38).
·        O general Naamã, para ser curado da lepra, de acordo com o profeta Eliseu, mergulhou 7 vezes no rio Jordão (II Rs 5.14).
·        A criança que Eliseu ressuscitou, espirrou 7 vezes (II Rs 4.35).
·        Salomão escreveu que a Sabedoria tem 7 colunas (Pv 9.1).
·        Nabucodonosor, rei da Babilônia, mandou aquecer a fornalha 7 vezes mais para queimar os três jovens que não quiseram se ajoelhar diante da estátua (Dn 3.19).
·        O livro dos Salmos foi escrito por 7 autores (Davi, os filhos de Coré, Asafe, Hemã, o ezraita, Etã, o ezraita, Moisés e Salomão).
·        No Antigo Testamento, 7 pessoas foram chamadas de “homens de Deus” : Moisés (Dt 33.1), Davi (2 Cr 8.14), Samuel (I Sm 9.6), Semaías (I R 12.22), Eliseu (II Rs 4.7), Elias (I Rs 17.18) e Jigdalias (Jr 35.4).
·        7 homens foram escolhidos para administrar a área social da Igreja, no livro de Atos (At 6.1-7).
·        Jesus curou o filho de um oficial, à hora 7.ª (Jo 4.52).
·        Jesus expulsou 7 espíritos malignos de Maria Madalena (Mc 16.9).
·        No capítulo 7 do 7.º livro da Bíblia (= Juízes), a palavra “trombeta” aparece 7 vezes.
·        Na multiplicação dos pães para quatro mil pessoas (sem contar mulheres e crianças), Jesus usou 7 pães e dois peixes. E no final, ainda sobraram 7 cestas cheias (Mt 14 e 15).
·        Quando estava crucificado, Jesus falou 7 vezes (Lc 23.34; Lc 23.43; Jo 19.26-27; Mc 15.34-36; Jo 19.28; Lc 23.46; Jo 19.30).
·        A famosa oração do Pai Nosso tem exatamente 7 petições (Mt 6.9-13).
·        Deus ordenou que 7 sacerdotes tocando 7 trombetas rodeassem a cidade de Jericó durante  6 dias, e no 7.º dia rodeassem a cidade 7 vezes (Js 6).
·        Jesus disse para Pedro que devemos perdoar nossos irmãos 70 x 7 (Mt 18.21-22).
·        Deus disse ao profeta Daniel que libertaria o seu povo após 70 x 7 semanas (Dn 9.24-27).
Só no livro de Apocalipse, encontramos:
·        As 7 Bem-Aventuranças especiais, 7 castiçais, 7 estrelas e 7 Igrejas;
·        Um Cordeiro com 7 chifres e 7 olhos, que fica entre 7 tochas de fogo e é adorado com 7 palavras de louvor;
·        Um livro selado com 7 selos, 7 anjos com 7 trombetas, 7 trovões, 7 personagens misteriosos, um dragão com 7 cabeças e uma fera selvagem também com 7 cabeças, representando 7 reis;
·        7 mensagens de advertências, 7 taças da ira de Deus, 7 clamores sobre Babilônia;
·        7 aberturas, 7 promessas para os mártires e 7 “jamais” contra Babilônia;
·        7 julgamentos, 7 notas de vitória, 7 coisas novas da Eternidade, etc.

Como vêem, é impossível negar isso. Só temos que encontrar o porque.


“Pelo amor de Deus, pra que tantos setes?” Eliakim estava perplexo.

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