UNIVERSIDADE GALILEU, PORTO
ALEGRE, BRASIL, 2008.
- Permita-me citar um
exemplo para provar o que estou pretendendo colocar na sua cabeça desde o
inicio e você não está conseguindo entender – Falou Miranda.
- Fique à vontade – Disse
Leona, sem conter um leve sorriso irônico.
- É uma história muito
conhecida. A parábola dos seis homens cegos e o elefante. Certo dia, esses seis
homens cegos toparam com um elefante. Cada um deu de encontro a uma parte
diferente do animal, e, portanto, cada um chegou a uma conclusão diferente:
O
primeiro, ao tocar na presa do animal, gritou: É uma lança!
O
segundo segurou a tromba e disse: É uma grande serpente!
O
terceiro tocou com as mãos nas duas pernas do bicho e gritou: Que nada. É Uma
árvore!
O
quarto segurou na cauda do animal e disse: Vocês são cegos? Isto é uma corda.
O
quinto agarrou uma das orelhas do elefante e gritou: Ah, é apenas uma grande
ventarola (objeto em forma de leque que se usa para abanar).
E,
finalmente, o sexto cego, cujas mãos estavam passando sobre o corpo do animal,
gritou: Que nada, seus cegos. Isto é apenas uma grande parede.
Esta
parábola representa as várias religiões mundiais. Cada líder religioso afirma
possuir a verdade exclusiva, cada um apresenta uma conclusão diferente para
aquilo que está sentindo. Todos têm um ponto de vista diferente. Podemos dizer
que os seis estavam errados?
- Muito bem, professor.
Seis cegos – Leona sorriu e continuou - Na Bíblia, o homem sem Deus é
simbolizado pelo número 6, pois foi criado no 6.º dia, e seis dias da semana
sem o sábado mostra uma semana incompleta. Quando o homem (simbolizado pelo
número 6) se une a Deus (simbolizado pelo número 1), torna-se um homem
completo, valendo 7.
- Ah, meu Deus. Numerologia
não! – Disse Miranda, balançando a cabeça.
- Não terminei ainda. A
pergunta que eu faço para o senhor é: Se cada um dos seis cegos percebeu apenas
uma parte do animal, como sabemos que era um elefante?
- Porque era um elefante,
ora essa.
- Sim, mas como o senhor
sabe?
- É apenas uma parábola,
senhorita.
- Sim, mas alguém SABIA que
era um elefante.
- Ta bom. É lógico que ali
havia alguém, QUE NÃO ERA CEGO, que viu tudo de longe e sabia que os cegos
estavam errados. E esse alguém contou a parábola.
- Muito bem, mestre. Quer
dizer, que o SÉTIMO HOMEM tinha uma visão REAL da situação, hein? Então, é possível
alguém ter uma visão verdadeira das coisas, o senhor não acha?
Miranda
mordeu o lábio inferior, discretamente.
Leona
voltou-se para a platéia.
- Senhoras e senhores,
havia um animal, um elefante, e sete homens. Seis não souberam descrever o animal
justamente por serem CEGOS. Mas um, que possuía visão perfeita, tinha certeza
de que estava vendo um elefante. A conclusão é óbvia: SOMENTE OS CEGOS NÃO VÊEM
A VERDADE. O senhor discorda, professor?
- Prossiga! – Miranda
parecia estar dando uma ordem.
- Posso ler uns versículos
para o nosso distinto público? – Ela apanhou uma pequena Bíblia e leu:
“Espalhar-vos-ei por entre
as nações e, desembainhando a espada, vos perseguirei; a vossa terra será
assolada, e as vossas cidades se tornarão em deserto.”
Isso
está escrito no livro chamado Levítico, capítulo 26 e versículo 33.
Qual
a interpretação verdadeira deste texto? “Vou ajuntar vocês e fazer uma festa?”
Claro que não! Permitam-me ler outro texto, em Deuteronômio 28.64:
“E o Senhor vos espalhará entre todos os povos desde uma extremidade da terra até a outra.”
Quem
é o sujeito que comanda a ação aqui? O SENHOR. O que Ele vai fazer? ESPALHAR
alguém entre as nações. Quem? O povo brasileiro? O povo egípcio? O povo
babilônico?
O
texto está falando de qual povo, professor?
- Os judeus, é claro. Quem
mais seria?
- Isso não é somente a SUA
interpretação não? – Perguntou Leona, sorrindo.
- Poupe-me de seus
gracejos, senhorita. Conclua seu raciocínio.
- Bem, acabei de citar dois
versículos bíblicos. E se estas palavras forem interpretadas como estão
escritas, a que outra conclusão poderemos chegar? Se “espalhar” não significa
espalhar, o que quer dizer então? O que está no texto é o que aconteceu três
mil anos depois, ou seja, a DISPERSÃO do povo judeu.
- Digamos que os profetas
jogaram várias alternativas para o futuro do seu povo e acertaram uma. Isso não
prova nada. Duvido que eles tenham predito algo horrendo como o Holocausto...
- É só ler Deuteronômio 28,
Ezequiel 37, etc., meu caro. Esses capítulos falam em corpos estirados ao sol,
sem sepultamento, um vale cheio de ossos secos, etc. E o senhor acabou de me
dar uma ajuda extra – ela virou-se para a platéia e pediu: – há poucos minutos
o professor Miranda deu um adjetivo para o Holocausto. Que adjetivo foi esse?
- Horrendo! – Gritaram
várias vozes.
- Isso mesmo, mestre. O
senhor chamou o Holocausto de HORRENDO.
- E por acaso você discorda
que tenha sido horrendo?
- É evidente que não. Foi
horrendo mesmo e muito mais. Porém, o interessante da sua fala é que, quando
prometeu que iria espalhar o Seu povo por entre as nações, devido a seus
pecados, Deus disse o seguinte:
Ela
tornou a abrir a Bíblia e leu Jeremias 24.9:
“Eu farei que sejam
ESPETÁCULO HORRENDO, uma ofensa para todos os reinos da terra...”
- Algum espertinho deve ter
acrescentado esse versículo depois dos acontecimentos.
- O Holocausto, por acaso,
aconteceu há 3000 anos? Qualquer Bíblia publicada ANTES do período da Segunda
Guerra Mundial contém esse versículo. E há mais. Veja o que Moisés escreveu em
Deuteronômio 28.25-26, uma passagem escrita muitos séculos antes do tempo do
profeta Jeremias.
“...e serás ESPETÁCULO HORRENDO a todos os
reinos da terra. os teus cadáveres servirão de pasto a todas as aves do céu, e
aos animais da terra, e não haverá quem os enxote.”
Essa descrição primitiva se encaixaria com o Holocausto dos judeus?
*******
A
palestra do Dr. Makanera.
- Existem muitas coisas e
acontecimentos ao redor do mundo destacando o número 7 – E ele citou muitos
exemplos, já relatados nesta obra.
Depois
de mostrar dezenas de fatos envolvendo o número 7 ao redor do mundo, o Dr.
Makanera citou algumas coleções na Bíblia:
·
Quando Caim matou Abel, Deus disse-lhe que, quem o
matasse, seria punido 7 vezes (Gênesis 4);
·
Um descendente de Caim, chamado Lameque, matou um
homem e exclamou: “Aquele que matar Lameque será castigado 70 x 7!”;
·
Deus fez 7 promessas para Abraão (Gn 12.1-3) ;
·
Havia 7 peças de roupa no Sumo Sacerdote (Ex
28.4,42);
·
Haviam 7 objetos que eram ungidos com óleo santo;
·
Eles eram ungidos 7 vezes;
·
7 vezes era feita a unção de azeite no altar (Lv
8.10,11);
·
No 7.º mês era feito um sacrifício expiatório por
todo o povo (Lv 16.29);
·
7 vezes no dia Davi louvava a Deus pela sua justiça
(Sl 119.164);
·
No tempo do profeta Elias, 7 mil permaneceram fiéis
a Deus, quando a nação de Israel caiu na idolatria (I Rs 19.18);
·
7 pessoas na Bíblia foram chamadas por Deus, com a
repetição dos seus nomes: Abraão (Gn 22.11), Jacó (Gn 46.2), Moisés (Ex 3.4),
Samuel (I Sm 3.10), Marta (Lc 10.41), Simão Pedro (Lc 22.31), e Saulo (At 9.4);
·
No pacto entre Abraão e o rei Abimeleque, foram
separados 7 cordeiros (Gn 21.27-31);
·
Jacó trabalhou 7 anos por Raquel e depois mais 7
anos (Gn 29.20);
·
Um Faraó do Egito sonhou com 7 vacas magras comendo
7 vacas gordas, e 7 espigas mirradas comendo 7 espigas cheias; José interpretou
o sonho dizendo que haveria de vir sobre o Egito 7 anos de fartura, seguidos de
7 anos de fome (Gn 41);
·
José chorou a morte do seu pai por 7 dias (Gn
50.10).
·
O candelabro do tabernáculo tinha 7 braços, com 7
lâmpadas (Ex 25.31-40).
·
Sansão tinha 7 tranças (Jz 16.7,13).
·
Salomão levou 7 anos para construir o Templo de
Deus (I Rs 6.38).
·
O general Naamã, para ser curado da lepra, de
acordo com o profeta Eliseu, mergulhou 7 vezes no rio Jordão (II Rs 5.14).
·
A criança que Eliseu ressuscitou, espirrou 7 vezes
(II Rs 4.35).
·
Salomão escreveu que a Sabedoria tem 7 colunas (Pv
9.1).
·
Nabucodonosor, rei da Babilônia, mandou aquecer a
fornalha 7 vezes mais para queimar os três jovens que não quiseram se ajoelhar
diante da estátua (Dn 3.19).
·
O livro dos Salmos foi escrito por 7 autores (Davi,
os filhos de Coré, Asafe, Hemã, o ezraita, Etã, o ezraita, Moisés e Salomão).
·
No Antigo Testamento, 7 pessoas foram chamadas de
“homens de Deus” : Moisés (Dt 33.1), Davi (2 Cr 8.14), Samuel (I Sm 9.6),
Semaías (I R 12.22), Eliseu (II Rs 4.7), Elias (I Rs 17.18) e Jigdalias (Jr
35.4).
·
7 homens foram escolhidos para administrar a área
social da Igreja, no livro de Atos (At 6.1-7).
·
Jesus curou o filho de um oficial, à hora 7.ª (Jo
4.52).
·
Jesus expulsou 7 espíritos malignos de Maria
Madalena (Mc 16.9).
·
No capítulo 7 do 7.º livro da Bíblia (= Juízes), a
palavra “trombeta” aparece 7 vezes.
·
Na multiplicação dos pães para quatro mil pessoas
(sem contar mulheres e crianças), Jesus usou 7 pães e dois peixes. E no final,
ainda sobraram 7 cestas cheias (Mt 14 e 15).
·
Quando estava crucificado, Jesus falou 7 vezes (Lc
23.34; Lc 23.43; Jo 19.26-27; Mc 15.34-36; Jo 19.28; Lc 23.46; Jo 19.30).
·
A famosa oração do Pai Nosso tem exatamente 7
petições (Mt 6.9-13).
·
Deus ordenou que 7 sacerdotes tocando 7 trombetas
rodeassem a cidade de Jericó durante 6
dias, e no 7.º dia rodeassem a cidade 7 vezes (Js 6).
·
Jesus disse para Pedro que devemos perdoar nossos
irmãos 70 x 7 (Mt 18.21-22).
·
Deus disse ao profeta Daniel que libertaria o seu
povo após 70 x 7 semanas (Dn 9.24-27).
Só no livro de Apocalipse, encontramos:
·
As 7 Bem-Aventuranças especiais, 7 castiçais, 7
estrelas e 7 Igrejas;
·
Um Cordeiro com 7 chifres e 7 olhos, que fica entre
7 tochas de fogo e é adorado com 7 palavras de louvor;
·
Um livro selado com 7 selos, 7 anjos com 7
trombetas, 7 trovões, 7 personagens misteriosos, um dragão com 7 cabeças e uma
fera selvagem também com 7 cabeças, representando 7 reis;
·
7 mensagens de advertências, 7 taças da ira de
Deus, 7 clamores sobre Babilônia;
·
7 aberturas, 7 promessas para os mártires e 7
“jamais” contra Babilônia;
·
7 julgamentos, 7 notas de vitória, 7 coisas novas
da Eternidade, etc.
Como
vêem, é impossível negar isso. Só temos que encontrar o porque.
“Pelo
amor de Deus, pra que tantos setes?” Eliakim estava perplexo.
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