sexta-feira, 24 de outubro de 2014

CAPÍTULO 16 - ALMA GÊMEA MATEMÁTICA

“Alma gêmea do número 7? – Perguntou-se Ziva – Ah, agora me lembro onde ouvi essa expressão pela primeira vez”. Sim, ela ouvira algo sobre isso naquele dia no avião, exatamente da boca do homem que palestrava agora.

- Sim, senhoras e senhores. Alma gêmea? Vocês não acreditam nesse conceito? Dizem que todo mundo possui sua alma gêmea em algum lugar do mundo, e que não terá paz e felicidade na vida enquanto não encontrá-la. Não acredito em reencarnação. Creio em ressurreição, um conceito totalmente oposto. Mas, apesar de ser muito falado em círculos espíritas e esotéricos, o conceito de alma gêmea é encontrado também em outras religiões. Por exemplo, na religião judaica.

Uma antiga lenda judaica diz o seguinte: “Antes de nascermos nossa alma é partida em duas, metade é colocada num menino e a outra numa menina, e passamos a vida procurando aquela pessoa que completa nossa alma.”

Bem, eu não acredito nesse pensamento de almas partidas em duas, mas é bem interessante que, Deus não fez Eva de outro material, mas sim do corpo de Adão. É como se tivesse partido Adão em dois. Eva foi tirada de Adão e somente ela para completar ele.

Parece que algumas pessoas ou coisas foram feitas umas para as outras.

Rebeca para Isaque, e Isaque para Rebeca;
Raquel para Jacó,
Maria para José,
Sara para Abraão,

E 3 para 7.

Como é que é? - O professor sorriu - 3 para 7?


- Sim, senhoras e senhores, evidenciando a incrível, maravilhosa e perfeita estrutura do Universo, Deus criou a ALMA GÊMEA MATEMÁTICA.

Passamos agora para a parte final da palestra. Quero mostrar agora, matematicamente, porque o número 3 é a alma gêmea do número 7.

O professor Makanera apontou para dois grandes números na tela, 3 e 7, e disse:

- Apesar de estarem separado por três números, há uma maravilhosa conexão entre os números 3 e 7. Mostrei, há poucos minutos, dezenas de fatos sobre o número 7. Permitam-me citar algumas outras dezenas sobre o número 3.

E, disparando como uma metralhadora, o professor citou dezenas de coleções envolvendo o número 3 na História e na Bíblia. Ziva havia lido parte disso na revista oferecida pelo professor no avião.

Alguns minutos depois.

- Como acabaram de ouvir, o 7 é interessante, mas o 3 não fica atrás. Olhando na Bíblia, é surpreendente que, na maioria das passagens em que o número 3 aparece, o 7 também está por lá. Permitam-me citar alguns exemplos:

O livro de Gênesis começa com o mundo sendo criado em 7 dias. E nesses 7 dias, 3 vezes diz que Deus “criou” (Gn 1.1, 21 e 27), 3 vezes diz que Deus “fez” (Gn 1.7,16,25); 3 vezes Deus nomeia as coisas (Gn 1.5,8,10); 3 vezes Deus separa ou divide (Gn 1.4,7,18);  e 3 vezes Deus abençoa (Gn 1.22,28 e 2.3).

No Egito, José se torna famoso por interpretar sonhos. E isso acontece duas vezes.

Na primeira vez, José interpreta os sonhos de seus colegas de prisão, dois ex-oficiais do Faraó. No sonho do copeiro-mor havia uma videira com 3 galhos.  E José interpretou dizendo que os 3 galhos significavam 3 dias e que, em 3 dias o homem seria perdoado pelo Faraó e voltaria a servi-lo.

O sonho do outro, o padeiro-mor também envolve o número 3.

Ele sonhou com 3 cestos de pães sobre sua cabeça, sendo comidos pelas aves. José disse que os 3 cestos eram 3 dias e que em 3 dias o sujeito seria enforcado. E tudo aconteceu de acordo com a interpretação de José.

Mais tarde é o próprio Faraó que sonha. O famoso sonho das 7 espigas mirradas comendo as 7 cheias e as 7 vacas magras comendo as 7 gordas. José interpretou dizendo que viria sobre o Egito 7 anos de fartura seguidos de 7 anos de fome.

No livro de Jó diz que ele tinha 7 filhos e 3 filhas. E numa só passagem diz que ele tinha 7 mil ovelhas e 3 mil carneiros. Novamente, 3 e 7.

Depois, quando a desgraça dele começa, aparecem 3 “amigos da onça” que ficam sentados ao redor dele durante 7 dias.

No final da história, Jó volta a ter outros 7 filhos e 3 filhas.

O Evangelho de João diz que, na 3.ª aparição de Jesus após Sua Ressurreição, Ele foi visto por exatamente 7 discípulos.

Os 3 amigos de Daniel foram lançados na fornalha acesa 7 vezes mais.

As 7 festas judaicas apresentadas no livro de Levítico deveriam ser celebradas em 3 meses. Ou seja, três vezes no ano todo judeu se apresentaria diante do Senhor para celebrar as 7 festas.

E assim, há centenas de exemplos. No capítulo primeiro de Apocalipse encontramos 9 coleções de 3. No mesmo capítulo o número 7 é citado 12 vezes.

Por que 3 e 7?

Permitam-me ler três versículos bem interessantes:

“Ao terceiro dia o mesmo se purificará com aquela água, e ao sétimo dia se tornará limpo; mas, se ao terceiro dia não se purificar, não se tornará limpo ao sétimo dia.” (Números 19.12).

Vejam só. A purificação deveria acontecer no 3.º ou 7.º dia.

“Também o limpo, ao terceiro dia e ao sétimo dia, a espargirá sobre o imundo, e ao sétimo dia o purificará; e o que era imundo lavará as suas vestes, e se banhará em água, e à tarde será limpo.” (Números 19.19).

Novamente, 3.º e 7.º dia.

“Acampai-vos por sete dias fora do arraial; todos vós, tanto o que tiver matado alguma pessoa, como o que tiver tocado algum morto, ao terceiro dia e ao sétimo dia purificai-vos, a vós e aos vossos cativos.” (Números 31.19).

Mais uma vez, 3 e 7.

A primeira vez em que as palavras “no principio” aparecem na Bíblia, são acompanhadas por 7 dias especiais (como vemos em Gênesis). E a 1.ª vez em que essas palavras aparecem no Novo Testamento também são acompanhadas por 7 dias especiais.

Vamos dar uma olhada no Evangelho de João. Ele começa com o texto mais profundo sobre a origem de Jesus: “NO PRINCIPIO ERA O VERBO; E O VERBO ESTAVA COM DEUS. E O VERBO ERA DEUS.”

Ou seja, Jesus não teve origem, Ele sempre existiu. No versículo 1.º do seu livro, João usa a palavra grega LOGOS, ou seja, VERBO, 3 vezes referindo-se a Jesus. Em todo o Novo Testamento Jesus é chamado 7 vezes de VERBO – e essas 7 vezes aparecem em somente 3 livros (todos escritos por João: O Evangelho de João, a 1.ª epístola de João e o Apocalipse). Novamente, 3 e 7.

No primeiro capitulo do Evangelho, João cita 4 dias.

1.º DIA – o evangelista começa falando da origem divina de Jesus e da missão de João Batista.

2.º DIA – “No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.” (João 1.29)

3.º DIA – “No dia seguinte João estava outra vez ali, com dois dos seus discípulos e, olhando para Jesus, que passava, disse: Eis o Cordeiro de Deus!” (João 1.35-36)

4.º DIA – “No dia seguinte Jesus resolveu partir para a Galiléia, e achando a Felipe disse-lhe: Segue-me.” (João 1.43)

Depois de relatar detalhadamente os 4 dias, João dá um salto e escreve:

“Ao terceiro dia, houve um casamento em Caná da Galiléia, e estava ali a mãe de Jesus; e foi também convidado Jesus com seus discípulos para o casamento.” (João 2.1-2).

Observem isto. Depois de citar 4 dias, João fala do TERCEIRO DIA. NO 3.º DIA (ISTO É, NO 7.º CONTANDO-SE DESDE O INICIO) HOUVE UM CASAMENTO. Novamente, 3 se encontra com 7.

Existem muitas estruturas matemáticas envolvendo 3 e 7 nos textos da Bíblia. Ninguém é capaz de classificar todas elas. Só mais um exemplo: No capítulo 3 do Evangelho, João narra o encontro de Nicodemos com Jesus. Nesse encontro, Nicodemos fala 1 vez e Jesus responde; fala pela segunda vez e Jesus responde. Fala pela terceira vez e Jesus responde. Depois cessa a conversa. Notem aqui que Nicodemos falou 3 vezes e Jesus 3 vezes.

No capítulo seguinte, temos outro diálogo: Jesus e a Samaritana. Ela fala 7 vezes e Jesus responde 7 vezes. João usa novamente um esquema envolvendo 3 e outro envolvendo 7. Vocês poderão encontrar inumeráveis casos assim em toda a Bíblia.

Depois de observar tantas ocorrências das expressões “terceiro dia” e “sétimo dia”, fiz uma pesquisa minuciosa a fim de descobrir quais os dias mais importantes para Deus.

Para essa pesquisa usei a versão inglesa King James, uma das mais tradicionais e conceituadas traduções da Bíblia. O resultado foi o seguinte.


 Como estão observando, as expressões relacionadas ao 7 aparecem mais vezes do que todas as outras. Em segundo lugar, temos as relacionadas ao número 3. Mais uma vez, 3 e 7. Não há como negar essa conexão. E não há como esconder isso debaixo do tapete dizendo que são apenas coincidências. Existe uma razão, um projeto. Isso é inegável.

Bem, é impossível negar que, na Bíblia, os números 3 e 7 parecem almas gêmeas. Onde está um, o outro sempre aparece. Desde o Gênesis até o Apocalipse. A Divindade Suprema do Universo se apresenta como 3 Pessoas Divinas. E em Apocalipse diz que Essa mesma Divindade possui 7 Espíritos. Novamente: 3 e 7. Vamos refletir nisto por um momento: Deus sempre existiu, sempre foi 3 Pessoas e sempre teve 7 Espíritos. Não podemos explicar isso. Que mente humana poderia explicar a Divindade Suprema?

         Vejam só o exemplo da luz: ela se divide em 7 cores, mas é formada por 3 cores primárias.

Agora, relembrando o que eu disse anteriormente sobre estarmos vivendo no inicio do 7.º Milênio desde os tempos de Adão, vejam só: Este é o 3.º Milênio desde Cristo. Na Bíblia, Cristo é chamado de SEGUNDO ADÃO, ou seja, Ele veio para consertar o que o 1.º Adão estragou. Portanto, estamos vivendo atualmente no 7.º Milênio desde o 1.º Adão, que é ao mesmo tempo o 3.º desde o 2.º Adão. Em outras palavras, em nossa época, o 3 e o 7 voltaram a se encontrar. Este é o tempo do ENCONTRO ENTRE O 3.º E O 7.º DIA.

Aquelas palavras fizeram Eliakim tremer nas bases. Encontro do 3.º com o 7.º dia, 37.ª semana. Será que algo terrível iria acontecer na 37.ª semana de 2001?

Durante mais meia hora o professor apresentou alguns fatos matemáticos evidenciando uma misteriosa conexão entre os números 3 e 7. Grandes fatos matemáticos envolvendo o primeiro versículo da Bíblia, que ele costumava chamar de “Código Gênesis”.

Quando encerrou a apresentação, foi bastante aplaudido. Embora a maioria daqueles universitários fosse ateísta, a palestra havia sido bem recebida. Se alguém esperava ouvir um fanático religioso cristão ficou decepcionado. O professor Makanera, apesar de suas teorias exóticas, era um homem equilibrado. A parte final da palestra, onde ele fez a demonstração do “Código Gênesis” impactou toda a platéia. Quem quisesse refutá-lo teria que trilhar um longo caminho primeiro.

- Eu preciso conversar novamente com seu pai – Ziva estava extasiada. A palestra tirou quase todas suas dúvidas. Ela acreditava saber agora a razão das loucas coincidências numéricas em sua vida. Só podia ser Alguém maior do que ela. Só podia ser Alguém que a acompanhou a vida toda. Só podia ser Alguém capaz de estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Só podia ser Deus.

Jenna tentou cortar caminho entre a multidão. Tinha combinado (pelo celular) que ela e seu pai jantariam juntos naquela noite, pois ele iria voltar para o Canadá no dia seguinte. E, claro, Ziva foi convidada para jantar com eles.

Eliakim também queria encontrar o professor. Na verdade, ele estava ali não por causa da palestra, mas para ter uma palavrinha com o palestrante. O que ele deveria fazer para chamar a atenção do homem?

- Ora, ora, que surpresa!

- Como o senhor disse no avião, o mundo é mesmo muito pequeno – Ziva sorriu, enquanto apertava a mão estendida do professor.

- Esse mundo é estranho mesmo. Nunca imaginei que a reencontraria novamente e justamente ao lado de minha filha. Acho que tem o dedo de Deus aqui.

- Professor, o senhor nem imagina o quanto essa palestra mudou minha vida. O senhor nem imagina o quanto.

Ziva conversava com o Dr. Makanera.

Eliakim estava se aproximando dela.


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