“Alma
gêmea do número 7? – Perguntou-se Ziva – Ah, agora me lembro onde ouvi essa
expressão pela primeira vez”. Sim, ela ouvira algo sobre isso naquele dia no
avião, exatamente da boca do homem que palestrava agora.
- Sim, senhoras e senhores.
Alma gêmea? Vocês não acreditam nesse conceito? Dizem que todo mundo possui sua
alma gêmea em algum lugar do mundo, e que não terá paz e felicidade na vida
enquanto não encontrá-la. Não acredito em reencarnação. Creio em ressurreição,
um conceito totalmente oposto. Mas, apesar de ser muito falado em círculos
espíritas e esotéricos, o conceito de alma gêmea é encontrado também em outras
religiões. Por exemplo, na religião judaica.
Uma
antiga lenda judaica diz o seguinte: “Antes de nascermos nossa alma é partida
em duas, metade é colocada num menino e a outra numa menina, e passamos a vida
procurando aquela pessoa que completa nossa alma.”
Bem,
eu não acredito nesse pensamento de almas partidas em duas, mas é bem
interessante que, Deus não fez Eva de outro material, mas sim do corpo de Adão.
É como se tivesse partido Adão em dois. Eva foi tirada de Adão e somente ela
para completar ele.
Parece
que algumas pessoas ou coisas foram feitas umas para as outras.
Rebeca
para Isaque, e Isaque para Rebeca;
Raquel
para Jacó,
Maria
para José,
Sara
para Abraão,
E
3 para 7.
Como
é que é? - O professor sorriu - 3 para 7?
- Sim, senhoras e senhores,
evidenciando a incrível, maravilhosa e perfeita estrutura do Universo, Deus
criou a ALMA GÊMEA MATEMÁTICA.
Passamos
agora para a parte final da palestra. Quero mostrar agora, matematicamente,
porque o número 3 é a alma gêmea do número 7.
O
professor Makanera apontou para dois grandes números na tela, 3 e 7, e disse:
- Apesar de estarem
separado por três números, há uma maravilhosa conexão entre os números 3 e 7.
Mostrei, há poucos minutos, dezenas de fatos sobre o número 7. Permitam-me
citar algumas outras dezenas sobre o número 3.
E,
disparando como uma metralhadora, o professor citou dezenas de coleções
envolvendo o número 3 na História e na Bíblia. Ziva havia lido parte disso na
revista oferecida pelo professor no avião.
Alguns
minutos depois.
- Como acabaram de ouvir, o
7 é interessante, mas o 3 não fica atrás. Olhando na Bíblia, é surpreendente
que, na maioria das passagens em que o número 3 aparece, o 7 também está por
lá. Permitam-me citar alguns exemplos:
O
livro de Gênesis começa com o mundo sendo criado em 7 dias. E nesses 7 dias, 3
vezes diz que Deus “criou” (Gn 1.1, 21 e 27), 3 vezes diz que Deus “fez” (Gn
1.7,16,25); 3 vezes Deus nomeia as coisas (Gn 1.5,8,10); 3 vezes Deus separa ou
divide (Gn 1.4,7,18); e 3 vezes Deus
abençoa (Gn 1.22,28 e 2.3).
No
Egito, José se torna famoso por interpretar sonhos. E isso acontece duas vezes.
Na
primeira vez, José interpreta os sonhos de seus colegas de prisão, dois
ex-oficiais do Faraó. No sonho do copeiro-mor havia uma videira com 3
galhos. E José interpretou dizendo que
os 3 galhos significavam 3 dias e que, em 3 dias o homem seria perdoado pelo
Faraó e voltaria a servi-lo.
O
sonho do outro, o padeiro-mor também envolve o número 3.
Ele
sonhou com 3 cestos de pães sobre sua cabeça, sendo comidos pelas aves. José
disse que os 3 cestos eram 3 dias e que em 3 dias o sujeito seria enforcado. E
tudo aconteceu de acordo com a interpretação de José.
Mais
tarde é o próprio Faraó que sonha. O famoso sonho das 7 espigas mirradas
comendo as 7 cheias e as 7 vacas magras comendo as 7 gordas. José interpretou
dizendo que viria sobre o Egito 7 anos de fartura seguidos de 7 anos de fome.
No
livro de Jó diz que ele tinha 7 filhos e 3 filhas. E numa só passagem diz que
ele tinha 7 mil ovelhas e 3 mil carneiros. Novamente, 3 e 7.
Depois,
quando a desgraça dele começa, aparecem 3 “amigos da onça” que ficam sentados
ao redor dele durante 7 dias.
No
final da história, Jó volta a ter outros 7 filhos e 3 filhas.
O
Evangelho de João diz que, na 3.ª aparição de Jesus após Sua Ressurreição, Ele
foi visto por exatamente 7 discípulos.
Os
3 amigos de Daniel foram lançados na fornalha acesa 7 vezes mais.
As
7 festas judaicas apresentadas no livro de Levítico deveriam ser celebradas em
3 meses. Ou seja, três vezes no ano todo judeu se apresentaria diante do Senhor
para celebrar as 7 festas.
E
assim, há centenas de exemplos. No capítulo primeiro de Apocalipse encontramos
9 coleções de 3. No mesmo capítulo o número 7 é citado 12 vezes.
Por
que 3 e 7?
Permitam-me
ler três versículos bem interessantes:
“Ao terceiro dia o mesmo se
purificará com aquela água, e ao sétimo dia se tornará limpo; mas, se ao
terceiro dia não se purificar, não se tornará limpo ao sétimo dia.” (Números
19.12).
Vejam
só. A purificação deveria acontecer no 3.º ou 7.º dia.
“Também o limpo, ao
terceiro dia e ao sétimo dia, a espargirá sobre o imundo, e ao sétimo dia o
purificará; e o que era imundo lavará as suas vestes, e se banhará em água, e à
tarde será limpo.” (Números 19.19).
Novamente,
3.º e 7.º dia.
“Acampai-vos por sete dias
fora do arraial; todos vós, tanto o que tiver matado alguma pessoa, como o que
tiver tocado algum morto, ao terceiro dia e ao sétimo dia purificai-vos, a vós
e aos vossos cativos.” (Números 31.19).
Mais
uma vez, 3 e 7.
A
primeira vez em que as palavras “no principio” aparecem na Bíblia, são
acompanhadas por 7 dias especiais (como vemos em Gênesis). E a 1.ª vez em que
essas palavras aparecem no Novo Testamento também são acompanhadas por 7 dias
especiais.
Vamos
dar uma olhada no Evangelho de João. Ele começa com o texto mais profundo sobre
a origem de Jesus: “NO PRINCIPIO ERA O VERBO; E O VERBO ESTAVA COM DEUS. E O
VERBO ERA DEUS.”
Ou
seja, Jesus não teve origem, Ele sempre existiu. No versículo 1.º do seu livro,
João usa a palavra grega LOGOS, ou seja, VERBO, 3 vezes referindo-se a Jesus. Em
todo o Novo Testamento Jesus é chamado 7 vezes de VERBO – e essas 7 vezes
aparecem em somente 3 livros (todos escritos por João: O Evangelho de João, a
1.ª epístola de João e o Apocalipse). Novamente, 3 e 7.
No
primeiro capitulo do Evangelho, João cita 4 dias.
1.º
DIA – o evangelista começa falando da origem divina de Jesus e da missão de
João Batista.
2.º
DIA – “No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o
Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.” (João 1.29)
3.º
DIA – “No dia seguinte João estava outra vez ali, com dois dos seus discípulos
e, olhando para Jesus, que passava, disse: Eis o Cordeiro de Deus!” (João
1.35-36)
4.º
DIA – “No dia seguinte Jesus resolveu partir para a Galiléia, e achando a
Felipe disse-lhe: Segue-me.” (João 1.43)
Depois
de relatar detalhadamente os 4 dias, João dá um salto e escreve:
“Ao
terceiro dia, houve um casamento em Caná da Galiléia, e estava ali a mãe de
Jesus; e foi também convidado Jesus com seus discípulos para o casamento.”
(João 2.1-2).
Observem
isto. Depois de citar 4 dias, João fala do TERCEIRO DIA. NO 3.º DIA (ISTO É, NO
7.º CONTANDO-SE DESDE O INICIO) HOUVE UM CASAMENTO. Novamente, 3 se encontra
com 7.
Existem
muitas estruturas matemáticas envolvendo 3 e 7 nos textos da Bíblia. Ninguém é
capaz de classificar todas elas. Só mais um exemplo: No capítulo 3 do
Evangelho, João narra o encontro de Nicodemos com Jesus. Nesse encontro,
Nicodemos fala 1 vez e Jesus responde; fala pela segunda vez e Jesus responde.
Fala pela terceira vez e Jesus responde. Depois cessa a conversa. Notem aqui
que Nicodemos falou 3 vezes e Jesus 3 vezes.
No
capítulo seguinte, temos outro diálogo: Jesus e a Samaritana. Ela fala 7 vezes
e Jesus responde 7 vezes. João usa novamente um esquema envolvendo 3 e outro
envolvendo 7. Vocês poderão encontrar inumeráveis casos assim em toda a Bíblia.
Depois
de observar tantas ocorrências das expressões “terceiro dia” e “sétimo dia”,
fiz uma pesquisa minuciosa a fim de descobrir quais os dias mais importantes
para Deus.
Para
essa pesquisa usei a versão inglesa King James, uma das mais tradicionais e
conceituadas traduções da Bíblia. O resultado foi o seguinte.
Como
estão observando, as expressões relacionadas ao 7 aparecem mais vezes do que
todas as outras. Em segundo lugar, temos as relacionadas ao número 3. Mais
uma vez, 3 e 7. Não há como negar essa conexão. E não há como esconder isso
debaixo do tapete dizendo que são apenas coincidências. Existe uma razão, um
projeto. Isso é inegável.
Bem,
é impossível negar que, na Bíblia, os números 3 e 7 parecem almas gêmeas. Onde
está um, o outro sempre aparece. Desde o Gênesis até o Apocalipse. A Divindade
Suprema do Universo se apresenta como 3 Pessoas Divinas. E em Apocalipse diz
que Essa mesma Divindade possui 7 Espíritos. Novamente: 3 e 7. Vamos refletir
nisto por um momento: Deus sempre existiu, sempre foi 3 Pessoas e sempre teve 7
Espíritos. Não podemos explicar isso. Que mente humana poderia explicar a
Divindade Suprema?
Vejam só o exemplo da luz: ela se divide em 7 cores, mas é
formada por 3 cores primárias.
Agora,
relembrando o que eu disse anteriormente sobre estarmos vivendo no inicio do
7.º Milênio desde os tempos de Adão, vejam só: Este é o 3.º Milênio desde
Cristo. Na Bíblia, Cristo é chamado de SEGUNDO ADÃO, ou seja, Ele veio para
consertar o que o 1.º Adão estragou. Portanto, estamos vivendo atualmente no 7.º
Milênio desde o 1.º Adão, que é ao mesmo tempo o 3.º desde o 2.º Adão. Em
outras palavras, em nossa época, o 3 e o 7 voltaram a se encontrar. Este é o
tempo do ENCONTRO ENTRE O 3.º E O 7.º DIA.
Aquelas
palavras fizeram Eliakim tremer nas bases. Encontro do 3.º com o 7.º dia,
37.ª semana. Será que algo terrível iria acontecer na 37.ª semana de 2001?
Durante
mais meia hora o professor apresentou alguns fatos matemáticos evidenciando uma
misteriosa conexão entre os números 3 e 7. Grandes fatos matemáticos envolvendo
o primeiro versículo da Bíblia, que ele costumava chamar de “Código Gênesis”.
Quando
encerrou a apresentação, foi bastante aplaudido. Embora a maioria daqueles
universitários fosse ateísta, a palestra havia sido bem recebida. Se alguém
esperava ouvir um fanático religioso cristão ficou decepcionado. O professor
Makanera, apesar de suas teorias exóticas, era um homem equilibrado. A parte
final da palestra, onde ele fez a demonstração do “Código Gênesis” impactou
toda a platéia. Quem quisesse refutá-lo teria que trilhar um longo caminho
primeiro.
- Eu preciso conversar
novamente com seu pai – Ziva estava extasiada. A palestra tirou quase todas suas
dúvidas. Ela acreditava saber agora a razão das loucas coincidências numéricas
em sua vida. Só podia ser Alguém maior do que ela. Só podia ser Alguém que a
acompanhou a vida toda. Só podia ser Alguém capaz de estar em todos os lugares
ao mesmo tempo. Só podia ser Deus.
Jenna
tentou cortar caminho entre a multidão. Tinha combinado (pelo celular) que ela
e seu pai jantariam juntos naquela noite, pois ele iria voltar para o Canadá no
dia seguinte. E, claro, Ziva foi convidada para jantar com eles.
Eliakim
também queria encontrar o professor. Na verdade, ele estava ali não por causa
da palestra, mas para ter uma palavrinha com o palestrante. O que ele deveria
fazer para chamar a atenção do homem?
- Ora, ora, que surpresa!
- Como o senhor disse no
avião, o mundo é mesmo muito pequeno – Ziva sorriu, enquanto apertava a mão
estendida do professor.
- Esse mundo é estranho
mesmo. Nunca imaginei que a reencontraria novamente e justamente ao lado de
minha filha. Acho que tem o dedo de Deus aqui.
- Professor, o senhor nem
imagina o quanto essa palestra mudou minha vida. O senhor nem imagina o quanto.
Ziva
conversava com o Dr. Makanera.
Eliakim
estava se aproximando dela.
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