Em Jerusalém, ainda abalada com os
acontecimentos recentes, Moyra Stanley tentava organizar sua vida. Ela ainda
estava perturbada com a aventura no Egito. Por que aquele homem parecia
conhecê-la, e por que foi assassinado de forma tão misteriosa? Tudo indicava
que era obra de seitas secretas, principalmente o medalhão encontrado no braço
esquerdo do segundo homem assassinado, próximo à pirâmide de Gizé. Naquele
momento ela estava escaneando todas as páginas do livro que trouxera
“emprestado” da biblioteca egípcia.
Ela ainda pensava em
voltar ao Egito e visitar a interessante biblioteca. Sabia que era perigoso,
que havia muitas sociedades secretas no Egito e que algumas eram violentas. Mas
aquele conhecimento era muito mais importante. À medida em que digitalizava o
livro sobre a Ordem dos SETES, ela tremia de emoção ao saber que estava de
posse de alguns segredos daquela Ordem tão misteriosa.
Parecia que o livro
sobre a Ordem dos SETES fora escrito por um dos seus membros. Um pouco mais na
frente, Moyra descobre a prova, quando o autor escreve na primeira pessoa.
“Aquela fuga foi
sensacional. Mas por pouco os guardiões não nos alcançaram.”
Em breve ela enviaria algumas cópias para os “SETES” no Brasil. Ela iria
traduzir tudo e depois dar um jeito de devolver o original em latim à
biblioteca egípcia, pelo correio. Agora tentava entrar em contato com Rogers
Town, o homem mais importante do Arquivo 7, pois vivia no centro dos poderes
mundiais – na própria Organização das Nações Unidas – ONU.
Rogers deveria saber alguma coisa sobre os estranhos incidentes no
Egito. Mas onde estaria ele agora? Ele não respondeu nenhum e-mail de Moyra,
seu celular não dava sinais de vida. Ele tinha essa mania: se pressentisse
algum perigo especial, cortava qualquer contato com os SETES, para evitar que
algum deles fosse envolvido ou ameaçado. Mas o que estaria acontecendo com ele
nessa altura dos acontecimentos? Nenhum dos SETES sabia, mas nesse momento o
ex-agente da CIA estava num belo oásis, no deserto do Saara.
*******
IDADE MÉDIA, ANO 1422.
A multidão
estava ansiosa pelo resultado daquele estranho julgamento. Samuel teria que
pegar uma das folhas, caso contrário todos o teriam como culpado. Mas se
pegasse qualquer das folhas, estaria assinando sua condenação, pois ambas
continham a palavra CULPADO.
“Senhor da
Glória! Como faço para escapar desta armadilha?”
Então
subitamente teve uma idéia. Pegou uma das folhas, mas não abriu. Em vez disso
colocou na boca e engoliu rapidamente.
- Isso não
tá certo! – Gritou o inquisidor chefe – você tinha que desdobrar a folha e ler
sua sentença! Vamos ter que começar o julgamento de novo.
Procurando
aparentar tranqüilidade, Samuel falou em voz alta:
- O
julgamento não precisa ser alterado. É fácil sabermos o que estava escrito na
folha que eu engoli – ele virou-se para o povo e continuou – se a folha que
continua na mão desse juiz tiver escrito a palavra INOCENTE, significa
logicamente que a que eu engoli continha a palavra CULPADO. E se na folha restante
tiver escrito CULPADO, é lógico que a que eu escolhi tinha a palavra INOCENTE.
É muito fácil sabermos a verdade – e virando-se novamente para o inquisidor
chefe, disse – vamos, senhor juiz. Mostre para todo mundo o que está escrito na
sua folha.
O inquisidor
chefe mordeu o lábio inferior, demonstrando raiva. Mas, diante da pressão dos
olhares populares, abriu a folha e mostrou a palavra CULPADO. E isso dava a
entender que a folha engolida por Samuel tinha a palavra INOCENTE. O povo não
podia saber que eles haviam manipulado o julgamento.
Samuel
sorriu e procurou sair dali. Mas o inquisidor chefe fez um gesto e três homens
do outro lado da rua passaram a seguir Samuel.
*******
Março de 1991.
A Guerra do Golfo acabou. Saddam Hussein foi derrotado. Os
aliados festejavam a vitória. Os americanos estavam felizes. Os soldados
voltavam para casa, ansiosos para rever suas famílias e amigos. A felicidade
parecia ter contagiado todo mundo. Inclusive Markus Stanley.
Quando os Estados Unidos enviaram seus jovens para o front,
Markus estava noivo de Malena Parker. Ele havia sido convocado poucos meses
antes do casamento. Aquele dia de despedida foi abalador.
- Por que eu não posso ir com você? – A jovem chorava
desesperadamente abraçada ao rapaz que era a razão de sua vida.
- Meu anjo, você sabe que isto não é possível. Mas você sabe
também que Deus nunca nos desamparou. Ele tem abençoado e protegido nossas
famílias durante várias gerações, e com certeza continuará nos abençoando. Ele
me trará de volta, mas caso isto não aconteça haveremos de nos reencontrar um
dia num mundo incomparavelmente melhor.
Os dois jovens passaram cerca de meia hora chorando. Então
Markus partiu. Durante as batalhas ele pensou muito em Malena. Questionou muitas coisas. Por que a humanidade não poderia
viver em paz? Por que os seres humanos estavam se matando de forma tão cruel,
enquanto que milhões de outras pessoas só queriam viver em paz? Por que Deus
permitia que tudo aquilo acontecesse?
Mas enfim, graças a Deus, a guerra acabou. Muitas vidas
foram perdidas. Mais do lado do inimigo, porém eram vidas humanas. Muitos
estavam felizes. Mas parece que ninguém estava mais feliz do que Markus.
Ao longe ele avistou sua mãe e dois irmãos acenando para ele
(= seu pai havia morrido há muitos anos). Nos primeiros dias na guerra ele
ainda conseguia se comunicar com os parentes e com sua amada. Mas apenas três
meses depois, nenhuma notícia mais. Isso aumentou ainda mais sua angústia.
Quando a noticia de que a guerra tinha acabado chegou aos parentes de Markus,
eles ficaram apreensivos, temerosos (mas ao mesmo tempo, cheios de esperança).
E com grande esperança e fé no Todo-Poderoso, eles aguardavam todos os dias
pelo retorno do valente soldado.
Markus se aproxima a passos lentos. Seu coração bate de
forma anormal. Ele vê três pessoas (= a mãe e os irmãos). Onde estaria a quarta
pessoa? Apesar de amar muito seus familiares, seu coração amava mais ainda uma
outra pessoa, Malena. Onde estaria ela?
Alguns minutos depois, mãe e filhos, irmão e irmãos se
abraçam e choram durante um bom tempo.
Depois, Markus se esforça para tentar falar:
- Mãe, onde está Malena?
Sua mãe recomeça a chorar.
- O que aconteceu? O que aconteceu, mãe? Deus não pode ter
feito isso comigo! NÃO!!!
Markus se lança ao chão, desesperado. Sua mãe não disse
nada, mas ele achava que tinha entendido tudo.
*******
Jerusalém.
Enquanto
caminhava pelas calçadas da milenar cidade israelense, Moyra Stanley sentiu que
estava sendo seguida. Havia muitas pessoas indo e vindo, como ela poderia saber
que alguém a estava seguindo? Ela também não sabia explicar isso. Só achava que
sua intuição a respeito de certas coisas era muito forte. Sua agitada vida e o
envolvimento com algumas investigações perigosas, desenvolveram nela essa
espécie de sexto sentido.
Apesar
dela ser uma loira capaz de chamar a atenção de qualquer um, sentia que alguém
estava de olho nela por outras razões. Ela parou diante de uma loja de
antiguidades, fingindo observar algumas relíquias. Mas sua real intenção era se
aproveitar de um bonito e exótico espelho ao lado.
Então ela
viu claramente um ancião, com uma enigmática cicatriz debaixo do olho esquerdo.
Ele parou e desviou o olhar, tentando despistar. Mas era tarde. Não era fácil
enganar Moyra Stanley.
Moyra
lembrou da aventura no Egito. Lá tivera dois encontros misteriosos com dois
homens. E eles também tinham a idade avançada. Ou pelo menos, acima dos 50.
Agora havia um outro ancião de olho nela. Era muita coincidência.
O que
fazer agora? Pelo menos no Egito os dois homens com quem ela se deparou não a
ameaçaram. Pelo contrário, tentaram alertá-la a respeito de alguma coisa muito
grave.
Antes que
ela esboçasse qualquer ação, o ancião aproximou-se dela.
- Moça,
preciso falar com você.
Ele não
percebeu, mas alguém estava de olho nele há um bom tempo.
- O que
deseja, senhor? – Perguntou Moyra, com todos os sentidos em alerta.
- Quero
entregar-lhe algo – ele estendeu a mão e mostrou um disquete.
- O que
significa isso? – Moyra olhou ao redor, com aquela sensação de perigo iminente
muito forte.
- Por
favor – implorou o ancião – saia daqui depressa.
- Não
entendo... Por que devo sair?
- Está
tudo explicado nesse disquete. Mas posso lhe adiantar que...AH!
O olhar do
ancião era a expressão do mais puro terror. Sem dizer mais nada, caiu com o
rosto no chão.
Moyra,
aterrorizada, viu alguém se aproximando e apontando uma zarabatana em sua
direção. Ela seria a próxima vítima.
*******
IDADE MÉDIA, ANO 1422.
- Sabemos
que você faz parte desses hereges distribuidores de Bíblias. Revele todos os
nomes desses conspiradores e terá uma morte suave.
A cena era
assustadora e dramática. Dentro de uma grande sala cheia de instrumentos de
tortura havia três homens olhando para um jovem amarrado sobre uma mesa – as
mãos e os pés. No alto sobre ele havia uma grande lâmina – uma espécie de foice
– pronta para descer e cortá-lo no meio. Conforme um bem bolado mecanismo, a
sinistra foice ia baixando aos poucos, de maneira cronometrada. O nome da
infeliz vítima era Samuel Shamir.
Ele havia
sido novamente capturado, logo depois de escapar do fajuto julgamento das duas
folhas.
Seis meses
após intenso estudo e treinamento em Amoran – Como era chamado o refúgio
secreto da Ordem dos “SETES” – e Samuel fora enviado para uma perigosa missão na
Alemanha, juntamente com a bela Lilandra. Ela seguiu para uma cidade e ele para
outra, tomando todas as precauções para não chamarem a atenção.
Mas agora
Samuel havia caído nas mãos dos inquisidores. Sua situação naquele momento não
era das melhores, mas seu coração bateu angustiado quando um dos inquisidores
declarou:
- Se
interessa saber, sua bela amiga também está em nossas mãos.
“Meu Deus!
Não!” – Gritou Samuel em pensamentos.
- E aí,
vai revelar os nomes dos outros conspiradores ou prefere morrer da pior forma
possível? – Perguntou o inquisidor, olhando fixamente nos olhos de Samuel.
Mas ele
continuava calado. Estava disposto a morrer, portanto seria perda de tempo
torturá-lo. Mas os inquisidores eram tão sujos quanto o Diabo e resolveram usar
uma outra tática que deixaria Samuel num dilema mortal.
Eles
trouxeram uma jovem, de longos cabelos ruivos, vestida, mas de forma muito rude
– dava a impressão de que suas vestes estavam rasgadas. Samuel não queria
acreditar, mas a jovem parecia Lilandra. Ela estava amarrada, com os olhos
vendados. Foi colocada dentro de uma
gaiola e suspensa sobre um poço de fogo. Um estopim foi aceso e ao cabo de uns
dez minutos alcançaria a corda que impedia que a gaiola caisse no poço de fogo.
- Você tem 10 minutos para decidir
se confessa tudo ou morre, juntamente com sua bela amada – disse o
inquisidor-chefe, com um sorriso diabólico.
*******
“Há um
homem próximo ao papa, de ascendência judaica e membro da Sociedade de Thule.
Apesar de não ter nascido na França, oficialmente ele é francês. É um dos
cardeais de maior confiança do papa. O plano dos Mestres dos Illuminati, os
criadores e principais promotores do Plano da Nova Ordem Mundial, é se
infiltrarem no Vaticano e fazer com que um de seus homens se torne papa, torne-se
líder de uma Religião Global Unificada e depois destrua a Igreja de Roma e todo
o cristianismo.”
“A
Religião Global escolherá a famosa cidade das 7 colinas como sua sede mundial.
O primeiro passo do Plano é o controle de todo o Vaticano, e temos informações
seguras de que muitos ‘iluministas’ já estão há muito tempo ocupando as
posições mais elevadas no Vaticano. Quando chegar a hora o atual papa sairá de
cena. Tudo parecerá natural. Sua morte será provocada da maneira mais sutil
possível e o mundo acreditará que ele morreu de morte natural ou de alguma
doença fatal. Então o francês assumirá o trono de Roma, ao mesmo tempo em que o
Príncipe do abismo for entronizado na Europa. Na verdade, o cardeal francês
cuidará pessoalmente do ‘desaparecimento’ do papa. Quando ocorrerá isso? Quando
houver no calendário o triplo 6 o Filho da Noite Eterna será entronizado. Seis
explosões em seis lugares diferentes homenagearão o seu nome. O nome daquele
que todos os ‘Iluminatti’ esperam”.
Moyra estava perplexa. Em seu hotel (em Jerusalém), onde se encontrava
hospedada, examinava o disquete deixado pelo ancião desconhecido antes de
morrer. Ela também esteve a um passo da morte.
Quando o assassino desconhecido lançou a seta, que certamente continha
algum veneno mortal, Moyra, num lance muito rápido e calculado, usou sua bolsa
como escudo e escapou por um triz. Ela desferiu um violento golpe no ventre do
individuo, deixando-o imobilizado temporariamente e procurou sair dali o mais
rápido que pudesse.
O conteúdo
do disquete. Era assustador, um conhecimento muito perigoso. E estava em
hebraico. Como Moyra era especialista em línguas antigas não demorou a perceber
que o hebraico do texto não era o moderno. Por que? Ela sabia que poucas
pessoas conheciam o hebraico antigo, aquele dos textos do Antigo Testamento. E
se alguém estava usando aquela linguagem tão antiga é porque a coisa era
bastante séria. Ela se perguntava desde quando estava sendo seguida. E será que
alguns dos outros SETES também estavam sendo espionados ou seguidos? Ela
precisava falar com Rogers Town. Agora mais do que nunca.
Quando
terminasse de explorar aquele disquete ela tentaria novamente entrar em contato
com Rogers Town imediatamente, e por meio dele localizaria os outros SETES.
Ela
respirou fundo e traduziu o restante do texto. Cada frase traduzida causava
novo assombro nela.
“Como é
que pode isto?”
Ela sabia
muito bem o que era a Sociedade de Thule. Era a mesma de Adolf Hitler. Ela já
sabia desde um bom tempo que muitos figurões do Vaticano eram ligados aos
“Iluminatti”, à Rosa-Cruz e a Thule. A Nova Ordem Mundial estava muito próxima.
Ela olhou
para o calendário, ao mesmo em que relia a misteriosa frase: “Quando houver no
calendário o triplo 6 o Filho da Noite Eterna será entronizado.” O que seria
isso? Seria o dia 6 de Junho (= o 6.º mês do ano) de um ano terminado em 6? Ou
estaria se referindo as 6 horas do dia 6 do mês 6 de um vindouro ano qualquer?
E Por que seis explosões?
Aliás, por
que tanta ênfase no número 6?
Ela
lembrou do que havia lido há algum tempo no Arquivo7:
“Em muitas
passagens bíblicas o número 6 aparece relacionado ao homem em algum momento
especial de rebelião contra o Criador. Exemplos:”
a) O
gigante Golias, que desafiou o povo de Deus, tinha 6 côvados de altura
(aprox. 3 metros) e a ponta de sua lança pesava 600 siclos (100 x 6).
600 siclos era aprox. 7 kg. O gigante possuía ainda 6 armas ou peças de
defesas (1 Samuel 17.4-7). Portanto, é evidente o destaque do número 6 na vida
de Golias. Surpreendentemente, seu nome aparece apenas 6 vezes na
Bíblia.
b) O rei
Nabucodonosor ordenou a construção de uma estátua, que tinha exatamente 60
côvados de altura (aprox. 30 metros) e 6 de largura, e ordenou que ela
fosse adorada (Daniel 3.1).
c) O Faraó
do Egito perseguiu o povo de Israel com 600 carros (Êxodo 14.7).
d) Foi no
ano 600 de Noé que veio o Dilúvio sobre a terra e justamente no
versículo 6 do 6.º capítulo do primeiro livro da Bíblia
(Gênesis), DEUS SE ARREPENDE DE HAVER CRIADO O HOMEM! É exatamente no capítulo 6 da Bíblia
que ocorre a corrupção universal do ser humano.
e) O
primeiro livro da Bíblia com nome de homem (JOSUÉ), é justamente o 6.º
e no capítulo 6 desse livro mostra a destruição de Jericó uma cidade
rebelde. É bom observar também que esse 6.º livro tem exatamente 24
capítulos, ou seja, 4 x 6.
f) Na
Bíblia, o homem sem Deus é chamado de VELHO HOMEM e esta
expressão aparece no 6.º livro do Novo Testamento (ROMANOS), no 6.º
capítulo e no 6.º versículo.
g) O tempo
do homem na terra está dividido em ciclos de 6. A demonstração é simples: O ano
está dividido em 12 meses (2 x 6). O mês está dividido em 30 dias (5
x 6). O dia está dividido em 24 horas (4 x 6). A hora tem 60
minutos (10 x 6). De igual forma o minuto, que tem 60 segundos.
h) Jesus
sofreu 6 horas na cruz, no 6.º dia da semana, para resgatar o
homem de volta para Deus. E além do mais, Ele teve 6 ferimentos especiais
(nas duas mãos, nos dois pés, no peito e na cabeça).
i) Quando
criou o homem, Deus lhe outorgou 6 domínios. 6 são revelados em Gênesis
1.26:
01 - Sobre os peixes do mar;
02 - Sobre as aves do céu;
03 - Sobre os animais domésticos;
04 - Sobre toda a terra;
05 - Sobre todo réptil que se arrasta sobre a terra;
06 - O 6.º
é revelado em Gênesis 4.7, quando Deus fala para Caim:
“Porventura
se procederes bem, não se há de levantar o teu semblante? e se não procederes
bem, o pecado jaz à porta, e sobre ti será o seu desejo; mas sobre ele tu deves
dominar”.
O 6.º
domínio é o domínio próprio, ou seja, o domínio de si mesmo.
j) Há exatamente
6 palavras significando HOMEM, nos textos originais da Bíblia: São 4 em
hebraico e duas em grego:
1 – ADAM
(Gn 1.26; 2.7; 3.24, etc.), que significa somente HOMEM;
2 – ICHE
(Zc 6.12), significa VARÃO COMPLETO, HOMEM FORTE;
3 – ENOX
(Sl 8.4; 73.5): quer dizer: MORTAL, HOMEM FRACO;
4 – GEHVER
(Ex 10.11; Zc 13.7), é HOMEM DE VALOR OU DE PRESTIGIO;
5 –
ÂNTROPOS, em grego é igual a ADAM, do hebraico;
6 – ÂNER,
no grego, é igual ao hebraico ICHE.
“Nos
exemplos citados observamos claramente a relação entre o homem e o número 6. Se
lembrarmos que, de acordo com a Bíblia, Deus criou o homem no 6.º dia da
criação, e mais tarde ordenou-lhe que trabalhasse 6 dias na semana, é
impossível não relacionar esse número com
a humanidade.”
“Portanto,
o escritor do Apocalipse não citou o número 666 de forma aleatória. Outro fato
surpreendente é que a palavra BESTA, relacionada ao futuro ditador mundial,
aparece 36 vezes em Apocalipse. O número 666 é um número triangular e
exatamente o triangular do número 36, o quadrado de 6. Isto é: se somarmos de 1
a 36, teremos 666.”
Portanto,
o número 6 era biblicamente um número de rebelião contra Deus. E se toda aquela
conspiração para o assassinato do papa se relacionava com o número 6 a coisa
assumia proporções apocalípticas. Era evidente que alguém ou alguma organização
estava prestes a entronizar no Vaticano aquele que a Bíblia chama de Falso
Profeta.
E isso
significava claramente uma coisa: O fim estava muito próximo!
O que
Moyra devia fazer? Ora, só haveria uma coisa a ser feita: Encontrar Rogers
Town! E depressa.
*******
IDADE MÉDIA, ANO 1422.
Samuel
sabia muito bem que ele e Lilandra não tinham nenhuma chance. Os inquisidores
jamais deixariam eles sair vivos dali. Mas eles foram bem treinados, foram
feitos todas as simulações possíveis, pois os “SETES” estavam bem informados
sobre os instrumentos de tortura dos inquisidores.
A lâmina
sinistra continuava baixando. Samuel sabia que sua missão não terminaria ali e
orou a Deus pedindo uma iluminação. E sua oração foi atendida. Samuel murmurou
umas palavras, e o chefe dos inquisidores, um homem baixo e gordo, de uns 50
anos, se aproximou.
-
Decidiste falar? – Ele perguntou.
Samuel
murmurou umas palavras incompreensíveis. O inquisidor só conseguiu entender uma
palavra. Samuel estava pedindo algo para escrever. Rapidamente alguém trouxe um
papel e um lápis. O braço direito de Samuel foi desamarrado para que ele
pudesse escrever. Ele olhou para Lilandra que continuava dentro da gaiola, e
olhou para o estopim que estava a meio metro do alvo. Lilandra estava tensa.
- Escrevas
o que tens de escrever! E depressa! – Disse o inquisidor.
A lâmina
estava a meio metro de Samuel. Ele pegou o lápis e preparou-se para escrever
alguma coisa no papel trazido pelo inquisidor. Samuel tinha sofrido várias
torturas, mas estava bem física e mentalmente. Só que ele, desde o inicio das
torturas, dava a impressão de que estava à beira da morte, a fim de surpreender
seus inimigos na hora certa. E a hora havia chegado. Ele murmurou algo o mais
baixo possível, forçando o inquisidor a aproximar-se mais, para ouvi-lo melhor.
Ao fazer
isso, o inquisidor-chefe foi repentinamente agarrado pela mão direita de
Samuel, que num golpe rápido – tipo gravata – deitou o inimigo sobre seu corpo
e o segurou até que a lâmina começasse a feri-lo.
Diante da
repentina situação, os outros dois inquisidores ficaram paralisados por alguns
segundos. Depois um deles correu para tentar frear a perigosa lâmina, que foi
parada poucos segundos antes de cortar o inquisidor-chefe pelo meio. Agora ele
estava preso, entre a lâmina e Samuel.
O outro
inquisidor, armado com um grande punhal avançou contra Samuel.
Mas sua má
intenção foi freada de maneira violenta. Mesmo preso debaixo do gordo
inquisidor-chefe, Samuel conseguiu evitar o pior. Num lance rápido, apanhou o
grande punhal que o inquisidor-chefe trazia na cintura, libertou seu pulso
esquerdo e lançou a afiada arma contra o homem que o ameaçava.
O
inquisidor foi atingido próximo ao pulmão. Samuel levantou-se rapidamente,
deixando o inquisidor-chefe preso debaixo da grande lâmina. Mas antes que
deixasse a terrível mesa de tortura, deparou-se com uma nova ameaça. O terceiro
homem estava na sua frente apontando-lhe uma besta (arma mortal parecida com um
arco). A ponta da flecha estava à dois palmos do coração de Samuel. Além disso,
havia outro problema: faltavam também dois palmos para que o estopim aceso
atingisse o objetivo, tendo como conseqüência trágica o lançamento da gaiola de
Lilandra no fogo.
Como fazer
agora?
*******
Igarapé
Grande, 1999.
Sabrina
recebeu um estranho pacote pelo correio. Abriu a caixa e encontrou uma Bíblia.
O remetente era Moyra Stanley. Sabrina sabia muito bem que ali deveria ter mais
coisa. Ela folheou a Bíblia rapidamente e nada. Nem um bilhete, nem uma marca
estranha. O que significava aquilo? Então, subitamente lembrou-se de um código.
Pegou um canivete e cortou na capa traseira. Então um pequeno livro apareceu,
com algumas páginas escritas em português.
- Pelas
barbas do profeta! – exclamou Sabrina, ao ler o título – O ROSTO DA PROSTITUTA
BABILÔNICA – O PLANO DOS MESTRES ELEVADOS. Os “SETES” precisam saber disso e
depressa!
Algumas horas
mais tarde.
Haviam 12
jovens sentados ao redor de uma mesa redonda numa biblioteca particular.
Morganne estava falando:
- Se Moyra
enviou esse pacote no endereço de Sabrina, vocês sabem o que significam, não
sabem?
- Alerta
máximo – disse Michelle.
- Exato –
concordou Morganne – por isso pedi para Sabrina fazer a exposição do que está
escrito aí.
Sabrina
levantou-se, e mostrou os materiais enviados por Moyra.
- Bem,
estes textos são cópias traduzidas de um livro que Moyra Stanley encontrou no
Egito. Vocês nem fazem idéia do que se trata. Ela descobriu que existiu – ou
quem sabe se não existe ainda – uma organização de pesquisa como a nossa, só
que secreta, e chamada justamente de Ordem dos “SETE”. Este livreto aqui tem
duas partes. A primeira é intitulada O PLANO DOS MESTRES ELEVADOS e a segunda,
O ROSTO DA PROSTITUTA BABILÔNICA. Deixem-me falar sobre esta primeira parte.
E Sabrina,
sem omitir nenhum detalhe, conta tudo o que leu, enfatizando principalmente
sobre a misteriosa ORDEM DOS SETES.
- É
incrível – disse Elaine – como é que nunca ouvimos ou lemos algo a respeito?
- É que
realmente era muito secreta e suas pesquisas eram muitos perigosas, pois, assim
como nós, eles desmascaravam os falsos profetas, falsos ensinos e falsos
ensinadores – explicou Morganne - Mas no seu tempo, isto é, na Idade Média,
tais atrevimentos eram punidos com a morte, pois a Inquisição dominava.
- E será
que os inquisidores não foram os responsáveis pela eliminação da Ordem dos
“SETE”? – Perguntou Brigitte.
- Bom, há
mais alguma coisa que nos induz a pensar que ainda em nossos dias existem
pessoas dando prosseguimento a essa Ordem – respondeu Sabrina – pois suas
pesquisas se estendem até a década de 90. O livrinho intitulado “O ROSTO DA
PROSTITUTA BABILÔNICA – O PLANO DOS MESTRES ELEVADOS” que revela claramente
como as forças do mal conspiraram para estabelecer o reino das trevas na terra
fala de acontecimentos recentes. Portanto, alguém deve tê-lo editado.
Nesse
livrinho se revela todas as ramificações e todas as organizações de Satanás,
desde as origens. Ele sempre se apresentou para os ocultistas como o Mestre
Desconhecido, comandante de uma hierarquia formada pelos “Mestres da Sabedoria
Superior”. O conhecimento secreto – que é o ocultismo, ou rebelião declarada ao
Deus de Israel – foi passado de geração a geração, começando da Atlântida, uma
civilização muito avançada que existiu nos tempos pré-diluvianos. A feitiçaria
estava bem desenvolvida em Atlântida e isto contribuiu para a corrupção global
nos dias de Noé, até que Deus enviou o Dilúvio, como a única solução para se
purificar a raça humana. Mas após o Dilúvio, o Mestre Desconhecido revelou-se
para Ninrod, rei da Babilônia, e este fundou um culto secreto de idolatria e
feitiçaria. Sem, o filho de Noé, lutou ferozmente contra Ninrod e seu culto
satânico. Mas os chamados “mistérios babilônicos” foram levados ao Egito, e,
misturados com os “mistérios egípcios”, começara a contaminar o povo de Israel.
Sabrina
respirou fundo e continuou:
- Quando o
povo de Deus saiu do Egito levou uma mistura de gente, um povo não israelita.
Em Êxodo 12.38 revela isso. Esse povo estranho levou consigo os mistérios
babilônicos e egípcios, e foram grande tropeço para Israel. Salomão, rei de
Israel, tomou conhecimento dessa “sabedoria oculta” e se contaminou. Seu
casamento com a filha de Faraó consumou sua apostasia, levando-o a se
aprofundar no ocultismo. Não é a toa que algumas sociedades secretas (como a
Maçonaria) dizem com toda convicção que Salomão foi um grande ocultista. Os
mistérios babilônicos foram levados à Pérsia, passando pela Índia e
acomodando-se no Tibete. Devemos lembrar aqui que Hitler viajou muitas vezes
para o Tibete e lá dizia ter contato com os “mestres elevados” ou “os mestres
da sabedoria da Atlântida”.
Quando
Israel foi levado para o cativeiro na Babilônia se contaminou com os mistérios
babilônicos, e duma mistura com a Lei de Moisés, criaram um estudo secreto
chamado Cabala, formando assim outra sociedade secreta ocultista. Na verdade,
os fariseus que resistiram a Cristo eram membros dessa Sociedade Secreta
chamada Cabala. Isto explica porque Jesus tinha compaixão dos demais pecadores,
mas dizia as palavras mais duras contra os fariseus. Ele sabia muito bem com
quem estava lidando.
Ninguém
ousava interromper Sabrina.
- A Grécia
já estava contaminada – prosseguia ela – pois Pitágoras havia passado uns tempos
no Egito e voltou de lá levando a “doutrina secreta” para os gregos. Com a
ascensão do Império Romano, o ocultismo foi bem recebido pelos imperadores. Já
no primeiro século da Era Cristã surgiram os Gnósticos – um novo nome dado à
Sociedade Secreta dos Mestres da Sabedoria Superior. No final da Idade Média
foi revelada a existência de várias sociedade ocultistas, tais como a Rosa Cruz
e a Maçonaria. E os antigos mistérios egípcios e babilônicos continuaram sendo
estudados. Sabe-se hoje que as sociedades secretas possuem o mesmo conhecimento
dos antigos atlantes. Como isto foi possível, já que o Dilúvio destruiu toda
aquela civilização? Alguém acha que a biblioteca atlante foi preservada.
Já que a
família de Noé está descartada, sugere-se que os atlantes improvisaram cápsulas
à prova d’água, e nelas esconderam seus pergaminhos com a doutrina secreta. A
Bíblia diz que o Dilúvio destruiu a vida terrestre, mas não a aquática. E as
águas do Dilúvio não poderiam destruir cápsulas de ferro ou outro material desconhecido
– a não ser que Deus quisesse, pois para Ele tudo é possível. Porém, o mais
provável é que, as mesmas mentes demoníacas que inspiraram a doutrina secreta
aos sacerdotes atlantes poderiam muito bem ter ditado às mesmas coisas aos
rebeldes da nova terra. Ninrod pode ter sido o primeiro a receber esse
conhecimento, depois do Dilúvio.
*******
IDADE
MÉDIA, ANO 1422.
Samuel
pensava. Estava à dois palmos do inimigo. Portanto, qualquer reação seria
suicídio na certa.
- O que
você vai fazer agora? – Perguntou Samuel, olhando para a ponta da sinistra
flecha.
- Vou
livrar o mundo de mais um maldito herege, para honra e glória de Nosso Senhor
Jesus Cristo! Morra!
Naquele
momento Samuel viu o brilho da morte.
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